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BRAF

BRAF - Pesquisa PCR do gene BRAF

Sinônimos: BRAF - Proto-oncogene B-Raf

Identificação de mutação somática no gene BRAF em vários tipos tumorais.

Prazo:

5 dias úteis após recebimento da amostra

Material / Meio de coleta:

Tecido tumoral / Bloco de parafina / PAAF (punção aspirativa por agulha fina) de tireóide

Técnica:

PCR / RT-PCR / qPCR / Eletroforese Capilar

Topografia:

Tireóide, Sistema linfático, Sistema digestório, Sangue e medula óssea, Pulmão, Pele, Múltiplas topografias / Agnóstico, Cabeça e pescoço

Aplicação Clínica:

Prognóstico, Diagnóstico, Preditivo e tratamento

Indicações para o teste:

  • Seleção de terapia para pacientes com câncer: Melanomas que podem responder a inibidores de BRAF.
  • Câncer de cólon que pode não responder a inibidores de EGFR.
  • Auxiliar no diagnóstico/prognóstico de certos tipos de câncer: Leucemia de células pilosas, carcinoma papilar e anaplásico de tireoide, craniofaringioma papilar, xantoastrocitoma pleomórfico, entre outros.
  • Ajuda na determinação do risco para a síndrome de Lynch: Adjuvante ao teste negativo de mutação germinativa MLH1 nos casos de câncer de cólon MSI-H e perda da expressão de MLH1.


Procedimento e interpretação do teste:

  • Tipo de amostra: tecido tumoral.
  • Preparação da amostra: Fixação de formalina (formalina tamponada neutra a 10%) e tecido embebido em parafina. Proteger do calor excessivo. O bloco de tecido será devolvido após o teste. Bloco de tecido ou 4 lâminas de 5 mícrons não coradas. (Mínimo: 3 slides). 
  • Extração de DNA, avaliação qualitativa e quantitativa.
  • Metodologia: O DNA é amplificado por técnica de PCR para detectar a presença das alterações BRAF V600E e BRAF V600K.


Relevância clínica:

O gene BRAF está localizado na região cromossômica 7q34 e é composto por 18 éxons. Este gene codifica uma proteína que participa na cascata de sinalização RAS-RAF-MEK-ERK quinase (MAPK quinase), que responde ao estímulo de EGFR para regulação da proliferação, diferenciação celular e apoptose.

A desregulação desta via é um fator chave na progressão tumoral e as alterações BRAF ocorrem frequentemente em diversos tipos de tumores (carcinoma colorretal, melanoma maligno, linfoma não Hodgkin, carcinoma papilar da tireóide, carcinoma pulmonar de pequenas células, de adenocarcinoma pulmonar).

80% das mutações são causadas por uma transversão de T1799A que leva a uma substituição de aminoácidos V600E. A mutação V600E estimula uma fosforilação em T599 e/ou S602 no domínio ativador da proteína BRAF e assim confere uma atividade de transformação às células. Isso faz com que a proteína BRAF permaneça permanentemente em seu estado ativo, independente da sinalização do RAS.

A presença da mutação BRAF V600E é altamente específica para o carcinoma papilífero de tireoide e pode ser útil para o diagnóstico em casos com resultados não conclusivos no exame histopatológico. Essa mutação está associada com doença agressiva e identifica grupo de pacientes que podem responder às terapias com inibidores de tirosina quinase, anti-RAF ou outros membros da via MEK.


Resultados e considerações:

  • Negativo: Mutações 1799 T >A/V600E ou V600K no gene BRAF não detectadas. Um resultado negativo não exclui a presença da mutação V600E ou V600K, que podem estar presentes abaixo do limite de detecção do teste (aproximadamente 0.1 – 0.5%).
  • Positivo: Mutações 1799 T >A/V600E ou V600K no gene BRAF detectadas.

O câncer de cólon é relativamente comum e é possível que um câncer de cólon esporádico ocorra em uma família com síndrome de Lynch. Portanto, a avaliação de outros familiares ainda deve ser considerada nos casos com hipermetilação do promotor MLH1 e ausência da alteração BRAF V600E se houver alta suspeita clínica de síndrome de Lynch.

Os resultados devem ser interpretados no contexto dos achados clínicos, história familiar e outros dados laboratoriais. A interpretação incorreta dos resultados pode ocorrer se as informações fornecidas forem imprecisas ou incompletas.


Referências:

  1. Domingo E, Laiho P, Ollikainen M, et al: BRAF screening as a low-cost effective strategy for simplifying HNPCC genetic testing. J Med Genet. 2004;41(9):664-668.
  2. Ellis CA, Clark G. The importance of being K-Ras. Cell Signal. 2000 Jul;12(7):425-34. Review.
  3. Chapman PB, Hauschild A, Robert C, et al: BRIM-3 Study Group. Improved survival with vemurafenib in melanoma with BRAF V600E mutation. N Engl J Med. 2011 Jun;364(26):2507-2516
  4. Di Nicolantonio F, Martini M, Molinari F, et al: Wild-type BRAF is required for response to Panitumumab or Cetuximab in metastatic colorectal cancer. J Clin Oncol. 2008; 26(35):5705-5712.
  5. Hyman DM, Puzanov I, Subbiah V, et al: Vemurafenib in Multiple Nonmelanoma Cancers with BRAF V600 Mutations. N Engl J Med. 2015 Aug 20;373(8):726-736.
  6. Domingo E, Laiho P, Ollikainen M, et al: BRAF screening as a low-cost effective strategy for simplifying HNPCC genetic testing. J Med Genet. 2004;41(9):664-668.

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